BRASÍLIA (Reuters) - O governo estuda ampliar o valor dos computadores que podem ser vendidos com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados.
A idéia, diz Furlan, é beneficiar também equipamentos comprados por empresas, afirmou nesta quarta-feira o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
Na chamada "MP do Bem", transformada em lei pelo Congresso este ano, o governo isentou de IPI computadores de mesa de até 2,5 mil reais. Para os computadores portáteis ("notebooks"), o limite é de 3 mil reais.
"(O aumento dos limites) está praticamente decidido, mas não anunciado", disse Furlan a jornalistas. Ele não detalhou os novos limites de isenção, mas afirmou que beneficiarão as empresas que comprarem esses equipamentos.
De acordo com o ministro, a isenção já em vigor fez cair de 75 para 45 por cento a participação dos computadores contrabandeados e pirateados nas vendas do setor.
Segundo Furlan, o governo também estuda a adoção de medidas para compensar setores mais afetados pelo câmbio valorizado. Elas farão parte do pacote de iniciativas para estimular o crescimento econômico.
"Nós temos uma oportunidade nesse momento de corrigir algumas distorções", afirmou, destacando os setores de móveis e calçados e setores intensivos em mão-de-obra. "Vai ser um conjunto de medidas."
O ministro previu que as exportações do país continuarão a crescer, ainda que em ritmo menor que as importações, mas que as contas externas não serão prejudicadas.
"Não vai acontecer uma situação de conflito, mesmo que o saldo (comercial) caia abaixo de 40 bilhões de reais, o que é provável, isso não é desconfortável."
Furlan confirmou ainda que o pacote deverá ser anunciado na próxima semana. Nesta quinta-feira, de acordo com Furlan, haverá nova reunião dos ministros da área econômica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as medidas. |