Internet é mais popular que TV e jornais em sala de aula.
Pesquisa entrevistou 1.262 professores nos Estados Unidos.
Mais professores norte-americanos vêm usando sites nacionais e internacionais de notícias na sala de aula, o que deixa para trás os jornais que não percebem a importância da Web, constatou um estudo.
Dos professores pesquisados, 57% usam serviços noticiosos via internet em salas de aula com alguma frequência, informou o estudo, baseado em pesquisa com 1.262 professores, conduzida no final de 2006, e divulgada nesta segunda-feira (29) pela Carnegie-Knight Task Force on the Future of Journalism Education.
Isso se compara a 31% no que tange a programas noticiosos nacionais de televisão e a 28% para o uso de jornais diários. As notícias locais são usadas por apenas 13% dos professores, segundo a pesquisa.
"Os estudantes não estabelecem relacionamento algum com os jornais, da mesma forma que não o fariam com discos em vinil", disse um professor entrevistado.
As conclusões refletem uma tendência mais ampla, de queda de circulação e receita publicitária em muitos dos diários norte-americanos, à medida que os leitores passam a procurar notícias e entretenimento on-line.
A tendência gerou preocupação sobre o futuro do setor de notícias e sobre o futuro financeiro das empresas que têm nelas sua fonte de receita. A Tribune Co., por exemplo, foi pressionada a estudar propostas de aquisição, a fim apaziguar acionistas insatisfeitos.
Os sites mais populares são os operados por grandes organizações noticiosas tais como a BBC, New York Times e CNN.com, constatou o estudo.
Os professores preferem jornais em papel, mas apenas oito por cento deles afirmaram que os alunos compartilhavam dessa preferência. Entre os entrevistados, 75% declaram que os jornais eram a mídia menos apreciada pelos alunos.
Uma das principais razões para que os sites de jornais locais não tenham conquistado espaço nas salas de aula norte-americanas é o fato de que seu uso para essa finalidade não foi promovido, constatou o estudo. |