Previsão é para os próximos três anos; hoje, há 500 mil desses documentos no Brasil.
Solução comprova a autenticidade dos dados e garante a segurança das informações.

Especialistas em segurança da informação afirmam que, em três anos, mais de 6 milhões de certificados digitais devem ser expedidos no Brasil -- atualmente, o país conta 500 mil deles, segundo o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). A solução oferece proteção durante as negociações on-line porque comprova a autenticidade dos dados e garante a segurança das informações que trafegam pela rede.

Um dos motivos para a popularização da alternativa é o fato de ela proteger seus usuários contra fraudes eletrônicas, que prejudicam o crescimento do comércio, transferência de pagamentos e documentos pela internet.

"O padrão oficial ICP-Brasil é o ponto mais alto da segurança on-line, pois identifica quem emitiu a mensagem. Assim, a certificação é suficiente para dar validade jurídica a qualquer documento transacionado no mundo virtual", afirmou Carlos Eduardo Correa da Fonseca, diretor de tecnologia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Esse padrão foi criado em janeiro de 2005 pela Febraban, em parceria com o (ITI).

Uma iniciativa da Secretaria da Receita Federal também impulsionará a adoção dessa solução, já que tornou obrigatório o uso da certificação em cerca de 200 mil empresas brasileiras com lucro real acima de R$ 1,2 milhão ao ano, além das 36 mil companhias de comércio exterior que também devem usar o documento.

A Caixa Econômica Federal, por sua vez, vai expedir 4,5 milhões de certificações, resultantes de diversas ações junto aos clientes. Já o Conselho Federal de Contabilidade aprovou no mês passado a substituição da carteira profissional pelo novo Documento de Identidade do Profissional Contábil, que inclui a certificação digital, envolvendo os 400 mil profissionais do setor.

Por todos esses motivos, 2007 é considerado o “ano da certificação”. Assim, no dia 24 de maio a Febraban promoverá o seminário Certificação Digital. O tema também será debatido em junho, em diversos painéis específicos da Ciab Febraban, um evento voltado ao setor bancário.