O novo curso de ética hacker da Universidade de Abertay, na Escócia, investigará o passado de seus alunos antes de permitir que os mesmos integrem o grupo que passará pelos quatro anos de aulas.
De acordo com o site The Register, a faculdade quer se certificar de que cada um dos hackers formados pelo novo curso usará as informações e conhecimentos obtidos apenas para o bem, como por exemplo, na defesa de redes de escritórios contra possíveis invasores.
A ficha criminal de cada um dos alunos que tentarão entrar no curso disponível a partir de setembro de 2006 será examinada e, caso algo irregular seja constatado, a matrícula será negada. Um porta-voz da faculdade afirmou que o procedimento não é normal, mas as circunstâncias pedem que tal atitude seja tomada com relação ao novo curso.
Para o professor responsável pela nova formação, Lachlan McKinnon, os alunos que passarem pelo treinamento serão hackers habilidosos mas, segundo ele, a única forma de realmente garantir que um computador esteja seguro é desligando-o. E acrescentou: "Nós monitoraremos nossos estudantes de perto porque queremos que sejam hackers com ética, mas nada é garantido. Basta ver o caso de Harold Shipman, que se qualificou como médico, mas depois disso decidiu virar um assassino."
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